Eles Voltaram

Eles Voltaram
Os camelôs estão invadindo nossa Praça da Alfândega novamente

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

carta aberta ao cacique

Recentemente fomos chamados a dar explicações ao Ministério Público Federal por conta do inquérito civil público 1.29.000.001592/2011-74 que investiga uma possível discriminação a indígenas que comercializam artesanato na Praça da Alfandega de Porto Alegre. Tal inquérito foi instaurado tendo em vista denúncia feita pelo cacique João Alves, da comunidade caigangue da Lomba do Pinheiro. Aproveitando então a atenção dada a este blog, e por desconhecer seu endereço elaboramos esta

Carta aberta ao cacique Caigange Joao Alves
Ilmo sr cacique João Alves
O Comitê de Libertação da Praça da Alfândega criou o  blog pracalivre.blogspot.com para canalizar a indignação dos porto alegrenses no que diz respeito à invasão deste espaço público por comerciantes ilegais de produtos industrializados , vulgarmente conhecidos como camelôs. Todos os comerciantes e frequentadores do centro da cidade lembram como era ruim antes da remoção destes ilegais e sua realocação no Shopping do Porto-camelódromo. Foi uma batalha dura que trouxe o centro de volta ao povo. Mas agora estamos assistindo a volta desta praga e aproveitamos para chama-lo a juntar-se a nós, já que este tipo de gente concorre com o artesanato indígena. Não temos ideia de quem são estes camelôs e não é nossa função identifica-los. Isto cabe ao poder público.  E é muito fácil distinguir os índios que vendem artesanato destes camelos ilegais que vendem brincos, mantas, luvas, echarpes, cintos, etc. conforme se vê na foto que ilustra nosso Blog. Este pessoal com certeza atrapalha a venda do artesanato indígena. É só passar por ali pra ver como ficam acanhadas as artesanias indígenas ao lado destas bancas de quinquilharias que crescem em número e tamanho.  Já contamos 19 bancas que ocupam metade do Largo dos Medeiros.  Atrapalham o cidadão que passa por ali, os comerciantes legalmente estabelecidos e todos os verdadeiros artesãos que tem bancas no local, inclusive índios. Por isso, Sr João Alves, pedimos que junte-se a nós em beneficio de todo o povo de Porto Alegre, índios incluídos. Somos contra quem atua na ilegalidade, não paga impostos e perturba a ordem pública. Não conhecemos nenhuma capital no mundo desenvolvido que permita camelôs nas suas ruas. Camelô é sinal de subdesenvolvimento e atraso . Camelôs deixam a cidade feia, fazem concorrência desleal, não pagam impostos e atrapalham a cidade. E depois que se estabelecem são difíceis de remover.  A desculpa sempre usada pelos camelôs é de que precisam trabalhar para sustentar suas famílias. Nós também. Todos precisamos trabalhar, mas o fazemos dentro da legalidade.  Todos os camelôs do centro de Porto Alegre são foras de lei. E ninguém pode estar acima da lei. Portanto, nada temos contra índios que vendem artesanato e que merecem respeito, consideração e ajuda. Temos certeza que o poder público quer ajudar. A prefeitura, através da SMIC-secretaria de indústria e comércio pode oferecer locais próprios e organizados para que os índios possam vender seu artesanato de forma organizada e segura. O SEBRAE pode ajudar no aprimoramento desta atividade artesanal, como já fez em várias situações. Enfim, a sociedade organizada pode ajudar os índios. E a sociedade precisa da sua ajuda para combater este câncer social que são os camelôs. Ajude-nos na nossa luta. Pedimos sua colaboração em particular e de toda a valorosa comunidade indígena na luta contra estes ilegais. Sua liderança é importante e bem vinda .
Conte conosco. Podemos contar com você?